Ser espectador do sofrimento alheio está relativamente perto da sensação de assistir a um rol de amonas: dá-nos uma certa aflição enquanto duram, mas percebemos que tarde ou cedo vão acabar e que a vitima das amonas ainda se vai rir.
Que pena não sabermos ser espectadores do nosso próprio sofrimento. Dava jeito.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Um Men podre de Mad
![]() |
Mad Men by Annie Leibovitz |
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Mulheres
Tenho andado por aí a vaguear de blogue em blogue e tenho visto 550 mil dissertações sobre nós. Umas geniais, umas irritantes, outras lugares absolutamente comuns que já-dão-é-vontade-de-vomitar, algumas de uma enorme pertinência, outras que faz lembrar o “eterno feminino” (segurem-me a testa please).
Conclusão: quando é para ironizar, os homens são perfeitos para falar de mulheres. Vêem-nos como ninguém. Já as mulheres, não têm jeito nenhum para falar delas mesmas. Geralmente vão sempre parar à estupidez absoluta de que são umas vítimas e de que são as únicas a ter uma vida assim e que não há dor no mundo igual à sua quando perdem o amor da sua vida.
Eu, a Força, e às vezes a Forca, Suprema acho que todos os conceitos à volta de uma mulher giram em torno de um facto: As mulheres têm um percurso muito solitário. Ok, quando tudo corre bem, elas sugam todos os conceitos de partilha, união, decisão conjunta, mas quando as coisas estão entre o normal e o mal…elas estão sozinhas.
Pensam sozinhas em tudo: na solução para o problema, nas 1001 hipóteses que podem acontecer e sonham com as palavras ou actos de alguém. Ah, nos “entretantos” fazem uma faxinazinha, ligam o ferro, gramam com o Canal Panda e dão banhos.
Quando chega a hora da verdade a mulher mais bonita, mais confiante, mais perfeita, mais bem sucedida, está ali, parada, a olhar com toda a frontalidade para o marido, namorado, patrão ou empregado, com as mãozinhas atrás das costas a fazer figas para que a melhor solução que encontrou saia por aquela boca. Um bocadinho à mercê, convenhamos. Um bocadinho solitária. Há excepções. Pois há. Mas lá está: excepções.
Por isso é somos importantes para o progresso das empresas, das casas, das famílias, da sociedade. Pensamos, procuramos soluções, metemos mãos à obra, fazemos das tripas coração mas estamos lá. Por isso é que também conseguimos ser umas grandes cabras.
Conclusão: quando é para ironizar, os homens são perfeitos para falar de mulheres. Vêem-nos como ninguém. Já as mulheres, não têm jeito nenhum para falar delas mesmas. Geralmente vão sempre parar à estupidez absoluta de que são umas vítimas e de que são as únicas a ter uma vida assim e que não há dor no mundo igual à sua quando perdem o amor da sua vida.
Eu, a Força, e às vezes a Forca, Suprema acho que todos os conceitos à volta de uma mulher giram em torno de um facto: As mulheres têm um percurso muito solitário. Ok, quando tudo corre bem, elas sugam todos os conceitos de partilha, união, decisão conjunta, mas quando as coisas estão entre o normal e o mal…elas estão sozinhas.
Pensam sozinhas em tudo: na solução para o problema, nas 1001 hipóteses que podem acontecer e sonham com as palavras ou actos de alguém. Ah, nos “entretantos” fazem uma faxinazinha, ligam o ferro, gramam com o Canal Panda e dão banhos.
Quando chega a hora da verdade a mulher mais bonita, mais confiante, mais perfeita, mais bem sucedida, está ali, parada, a olhar com toda a frontalidade para o marido, namorado, patrão ou empregado, com as mãozinhas atrás das costas a fazer figas para que a melhor solução que encontrou saia por aquela boca. Um bocadinho à mercê, convenhamos. Um bocadinho solitária. Há excepções. Pois há. Mas lá está: excepções.
Por isso é somos importantes para o progresso das empresas, das casas, das famílias, da sociedade. Pensamos, procuramos soluções, metemos mãos à obra, fazemos das tripas coração mas estamos lá. Por isso é que também conseguimos ser umas grandes cabras.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Vamos lá ver:
Quando se compra uma coisa que fala, é divertida, sensata, integra, que toca música, que é fértil, que tem capacidade de gostar, sensível, paternal e que até generosa é, mas que de repente só diz “não sei”, “talvez”, “isso gostava eu de saber”, “possivelmente”, “er…”, como é? Onde peço o livro de reclamações? Na casa dos pais? Na escola?? Ou numa “casa de fados perto de si”???
(e sim: já troquei as pilhas)
(e sim: já troquei as pilhas)
domingo, 24 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Vim aqui destilar um bocadinho de veneno
O que eu gostava de ir hoje para outra agência de comunicação trabalhar. Uma mesmo, mesmo, mesmo concorrente, daquelas que os meus patrões ficariam profundamente magoados. Cada um à sua maneira, mas profundamente magoados.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
O que eu gostava...
...de ser surpreendida com um acto de ternura. É que nem peço amor, era só algo com o mínimo de ternura.
Hoje precisava mesmo de um bocado de mimo. Daqueles que eu costumo dar.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Ca' Vargonha
Estive a ler alguns posts deste "Força Suprema". De facto há dias em que se pensam coisas francamente estúpidas. Não bastando, ainda se escrevem.
Para além disso, era escusado vir para aqui "despir-me"....para isso tenho o Facebook.
Para além disso, era escusado vir para aqui "despir-me"....para isso tenho o Facebook.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Ouvido no concerto dos Supertramp (para além dos maiores êxitos da banda)
Louca Varida - O menino apague o cigarro!!!
O Menino do Cigarro – Desculpe, mas está tanta gente a fumar aqui!
LV – Não me interessa, vai apagar esse cigarro aqui e já à minha frente!!!
OMDC – Com essa postura, desculpe mas não apago, era o que faltava!
Eu, a refrescar-me com um leque – Olhe, desculpe, enlouqueceu? Já viu a sua histeria? Acha normal?
LV – Está a incomodar-me, sou asmática!! APAGUE JÁ!!!
Eu, continuando com o meu leque – Olhe, então vá chamar o segurança, mas à minha frente não fala assim com ninguém!!
LV – Olhe que é grande, mas ainda leva uns tabefes!
Eu, com o leque já em punho – Olhe que é pequena e ainda leva mais!
(entretanto chega segurança. Um granel absoluto)
Amigo da Louca Varrida – Vocês putos, armados em espertos, vamos resolver isto lá fora!
Eu (com o marido ao lado a rir que nem um perdido) – Já viu que tem uma amiga completamente histérica??? Não percebo a sua defesa!
ADLV – Tá Calada que não estou a falar contigo! (..sua puta – não disse mas pensou)
Eu, com já com certo medo – Mas eu estou seu palerma! – voltei a refrescar-me com o leque
LV – Vocês são uns anormais, regras são regras!!! Eu tenho asma!!!
Eu, já mais calma + o meu leque – Tem asma e não tem uma coisa que eu cá sei há muito tempo.
E pronto. Foi o caos. Por momentos achei que ia andar à pancada com uma tia de meio metro. Ela até tinha razão, coitada. Mas ai a sova que ela apanhava. Ai a sova.
Valha-me o leque que compôs ali o ramalhete.
O Menino do Cigarro – Desculpe, mas está tanta gente a fumar aqui!
LV – Não me interessa, vai apagar esse cigarro aqui e já à minha frente!!!
OMDC – Com essa postura, desculpe mas não apago, era o que faltava!
Eu, a refrescar-me com um leque – Olhe, desculpe, enlouqueceu? Já viu a sua histeria? Acha normal?
LV – Está a incomodar-me, sou asmática!! APAGUE JÁ!!!
Eu, continuando com o meu leque – Olhe, então vá chamar o segurança, mas à minha frente não fala assim com ninguém!!
LV – Olhe que é grande, mas ainda leva uns tabefes!
Eu, com o leque já em punho – Olhe que é pequena e ainda leva mais!
(entretanto chega segurança. Um granel absoluto)
Amigo da Louca Varrida – Vocês putos, armados em espertos, vamos resolver isto lá fora!
Eu (com o marido ao lado a rir que nem um perdido) – Já viu que tem uma amiga completamente histérica??? Não percebo a sua defesa!
ADLV – Tá Calada que não estou a falar contigo! (..sua puta – não disse mas pensou)
Eu, com já com certo medo – Mas eu estou seu palerma! – voltei a refrescar-me com o leque
LV – Vocês são uns anormais, regras são regras!!! Eu tenho asma!!!
Eu, já mais calma + o meu leque – Tem asma e não tem uma coisa que eu cá sei há muito tempo.
E pronto. Foi o caos. Por momentos achei que ia andar à pancada com uma tia de meio metro. Ela até tinha razão, coitada. Mas ai a sova que ela apanhava. Ai a sova.
Valha-me o leque que compôs ali o ramalhete.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
A maçã que eu não mordi
Sonhar acordado é óptimo, divertido, estimula a retina e a massa cinzenta, faz-me feliz por momentos, levita-me. Mas é consciente: estou a sonhar acordada. Eu sei disso, caramba.
Sonhar a dormir é realidade. Vive-se intensamente alguma coisa. Basicamente aconteceu. Depois acordamos. Foi um sonho, bolas. É consciente: foi apenas um sonho. O problema é dizer isso ao subconsciente ou inconsciente, ou coisa que o valha. Para estes, tudo aconteceu.
É revoltante sentir emoções que não se viveram e ligação que não existiu. Mas que estúpido sonho. Que preço duro a pagar por mais uma coisa que não controlamos: o que sonhamos a dormir.
Sonhar a dormir é realidade. Vive-se intensamente alguma coisa. Basicamente aconteceu. Depois acordamos. Foi um sonho, bolas. É consciente: foi apenas um sonho. O problema é dizer isso ao subconsciente ou inconsciente, ou coisa que o valha. Para estes, tudo aconteceu.
É revoltante sentir emoções que não se viveram e ligação que não existiu. Mas que estúpido sonho. Que preço duro a pagar por mais uma coisa que não controlamos: o que sonhamos a dormir.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Engraçado.
Este verão andei a trabalhar que nem uma doida, o que não me permitiu 1) gozar férias em época alta 2) gozar férias com os meus filhos 3) gozar seja aquilo que for.
Como se isso não fosse suficiente mau, a par de um coração de mãe inundado de remorsos, das poucas vezes que vou à praia, dizem-me “ahh, finalmente a menina! Fazer praia com os filhos, tá’ quieto! Coitadinho do seu marido, ele é ‘farnel’, ele joga raquetes, ele passa tarde com os meninos à beira-mar, ele vai aos gelados…ele é um santo!”
De facto “praia”, “chapinhar na água”, “comer um maxibom”, “mexer o rabo à beira-mar”, “comer uma sandocha depois de um banho” são tudo coisas que estão ao nível de uma tortura chinesa.
O que se quer no verão é trabalhar. Aliás, bela vida que é trabalhar. Mas que grande bitch que eu sou, só penso em mim.
Como se isso não fosse suficiente mau, a par de um coração de mãe inundado de remorsos, das poucas vezes que vou à praia, dizem-me “ahh, finalmente a menina! Fazer praia com os filhos, tá’ quieto! Coitadinho do seu marido, ele é ‘farnel’, ele joga raquetes, ele passa tarde com os meninos à beira-mar, ele vai aos gelados…ele é um santo!”
De facto “praia”, “chapinhar na água”, “comer um maxibom”, “mexer o rabo à beira-mar”, “comer uma sandocha depois de um banho” são tudo coisas que estão ao nível de uma tortura chinesa.
O que se quer no verão é trabalhar. Aliás, bela vida que é trabalhar. Mas que grande bitch que eu sou, só penso em mim.
domingo, 22 de agosto de 2010
Espólios
Ando por aí a recordar velhos tempos. Assim para manter a cabeça ocupada, nada de grave. É que assim não penso noutras coisas que não interessam.
Pois bem, lembrei-me que queixo-me porque nunca recebi flores, queixo-me porque nunca fui surpreendida com algo arrebatador e queixo-me porque nunca recebi flores (esta é mesmo importante), no entanto tinha-me esquecido que recebi um poema de alguém que já me foi muito especial. Até hoje, só não percebi se foi por amor, mas adorei! Que este blogue sirva para não voltar a esquecer!
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Pois bem, lembrei-me que queixo-me porque nunca recebi flores, queixo-me porque nunca fui surpreendida com algo arrebatador e queixo-me porque nunca recebi flores (esta é mesmo importante), no entanto tinha-me esquecido que recebi um poema de alguém que já me foi muito especial. Até hoje, só não percebi se foi por amor, mas adorei! Que este blogue sirva para não voltar a esquecer!
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Coisinhas irritantezinhas
A pachorra que eu tenho...
para as tricas em blogues do meu sector; para tipos que são uns putos parvos (e bem giros) com a mania que quando nós estamos a ir, eles estão a vir; para mães e tias que querem incutir os seus estratagemas infalíveis com os filhos das outras; para informáticos incompetentes; para a constante (im)pertinência de determinadas criaturas...
....é equivalente ao espaço que tenho para andar às 16h, num dia de Agosto, na Praia dos Salgados em Vilamoura.
para as tricas em blogues do meu sector; para tipos que são uns putos parvos (e bem giros) com a mania que quando nós estamos a ir, eles estão a vir; para mães e tias que querem incutir os seus estratagemas infalíveis com os filhos das outras; para informáticos incompetentes; para a constante (im)pertinência de determinadas criaturas...
....é equivalente ao espaço que tenho para andar às 16h, num dia de Agosto, na Praia dos Salgados em Vilamoura.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Sobre o tempo (e não é conversa de circunstância)
Hoje fui visitar o blogue da minha querida amiga e reparei que nem ando a dar pelo tempo a passar:
1) A data diz que estamos no dia 25 de Julho e para mim parece-me que ainda há pouco arrancou o ano...não é que já vamos a meio??
2) Na lista de blogues li uma notificação relativamente ao meu: não punha cá um lamiré há 3 semanas. Onde estão essas três semanas, hã?
3) A gaiata - que tem jeito para a coisa - disserta que "O mais difícil de ultrapassar quando conhecemos alguém com quem queremos ter um futuro é percebermos que não fazemos parte do seu passado"...pois, concordo, acho lindo e mas acrescento a minha dissertação: para mim, sobre a pessoa que gostava de ter (algum) futuro, já passou tanto tempo que até já tenho um passado com a criatura....e isso também é lixado de ultrapassar. Ou pelo menos tem dias.
1) A data diz que estamos no dia 25 de Julho e para mim parece-me que ainda há pouco arrancou o ano...não é que já vamos a meio??
2) Na lista de blogues li uma notificação relativamente ao meu: não punha cá um lamiré há 3 semanas. Onde estão essas três semanas, hã?
3) A gaiata - que tem jeito para a coisa - disserta que "O mais difícil de ultrapassar quando conhecemos alguém com quem queremos ter um futuro é percebermos que não fazemos parte do seu passado"...pois, concordo, acho lindo e mas acrescento a minha dissertação: para mim, sobre a pessoa que gostava de ter (algum) futuro, já passou tanto tempo que até já tenho um passado com a criatura....e isso também é lixado de ultrapassar. Ou pelo menos tem dias.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Definitivamente...
...não tenho jeito nenhum para esta coisa do amor, conquista e afins. Tropeço, caio, fico com as mãos a tremer, fico a suar, dou demasiada atenção a tudo o que é dito, fico nervosa que dói, tudo me sai descontrolado. Estou na mãozinha dele. Uma desgraça.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
E quando tudo parece ruir…
…alguém chega e tem a capacidade de me fazer feliz. Não é só porque tem graça. É pela graça com que o faz e por ser de graça. Completamente de graça. Pelo menos para já.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Provérbios, medinhos e afins
Não sei se é bem assim, e nem me apetece ver no Google, mas parece-me que há por aí um provérbio que diz “quem procura encontra”.
Quem procura saber e sentir o que é viver em verdade, por mais lento que seja o processo, vai vislumbrando a realidade… por vezes uma realidade dura, tão cheia de justeza quanto desfeita.
O problema aqui é o dilema que fica quando encontramos o que tanto procurávamos…ah, a “hora da verdade” buhh que medo. Tem tudo muito medinho e miaúfa tef-tef na tomada de uma posição ou decisão. Sim…não vamos cair na inocência de pensar que tudo pode ficar como dantes. Pois não pode. Não faz sentido. Se é assim, mais vale não indagar muito. Mais vale estar-se quietinho no sofá a ver a SIC Notícias. Sempre vamos “aguçando” o sabor da realidade e neste caso sim: pouco se pode fazer.
Mas uma coisa fica registada: “Quem vive receoso nunca será livre”, e “mais vale uma tempestuosa liberdade, que uma tranquila escravidão”. Entretanto “a liberdade não consiste em fazer o que se quer, mas o que se deve”, mas hoje, por acaso, não me apetecia ir muito por aí. Fica para outro dia. Hoje estou uma destemida. Venham eles.
Nota: “quem tem medo compra um cão” também é uma ideia. Mas hoje, e muito por causa de um certo e determinado sonho que tive, também não queria ir por aí.
Quem procura saber e sentir o que é viver em verdade, por mais lento que seja o processo, vai vislumbrando a realidade… por vezes uma realidade dura, tão cheia de justeza quanto desfeita.
O problema aqui é o dilema que fica quando encontramos o que tanto procurávamos…ah, a “hora da verdade” buhh que medo. Tem tudo muito medinho e miaúfa tef-tef na tomada de uma posição ou decisão. Sim…não vamos cair na inocência de pensar que tudo pode ficar como dantes. Pois não pode. Não faz sentido. Se é assim, mais vale não indagar muito. Mais vale estar-se quietinho no sofá a ver a SIC Notícias. Sempre vamos “aguçando” o sabor da realidade e neste caso sim: pouco se pode fazer.
Mas uma coisa fica registada: “Quem vive receoso nunca será livre”, e “mais vale uma tempestuosa liberdade, que uma tranquila escravidão”. Entretanto “a liberdade não consiste em fazer o que se quer, mas o que se deve”, mas hoje, por acaso, não me apetecia ir muito por aí. Fica para outro dia. Hoje estou uma destemida. Venham eles.
Nota: “quem tem medo compra um cão” também é uma ideia. Mas hoje, e muito por causa de um certo e determinado sonho que tive, também não queria ir por aí.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Coisas que no me gusta nem m'encanta
- Reticências nos emails
- Homens que dizem muito (mas muito mesmo) mais vezes "eu" do que "tu"
- Mães que dizem "não é por ser meu filho, mas..."
- Homens calões
- Mulheres burras com apontamento a insegurança
- Mães que querem ser tão diferentes, tão pertinentes, tão especiais, que até preferem pôr os filhos a estudar em casa, privando-os de coisas tão fantásticas e especiais, como por exemplo, o toque para o recreio e o conceito de "segundo toque"
- Pessoas constantemente insatisfeitas
- Pessoas que, enquanto falo, estejam sempre a olhar para tudo menos para mim
Isto é só para começar
Ah...esqueci-me
- Sentir que estou com um incrível mau feitio e não conseguir dominá-lo
domingo, 6 de junho de 2010
Sinais do tempo
Impressionante como uma piscina trazia-me, quando criança, tanta felicidade. Era o salto mortal, eram os segundos que aguentávamos debaixo de água, as corridas de natação, o nadar ‘à cão’, o repuxo de água a sair da boca, os penteados apalermados, o pino, a cambalhota, a bomba, eram as bóias que não nos mantinham em cima delas…enfim.
Agora, como adulta, incomoda-me especialmente a disponibilidade que as pessoas têm, quando à volta de uma piscina, para ver todas as imperfeições do meu fato de banho, depilação, pneu, casca de laranja e afins. É que vendo bem não há uma onda mais afoita, alguém que passe para dizer um olá, uma areia que se tenha que sacudir e outras coisas que distraiam o olhar mais clínico. Na qualidade de mãe, uma casa com piscina passou a ser um local tão tormentoso como aquele beco escuro a que qualquer momento pode aparecer um estripador qualquer. O coração está sempre na boca.
Agora, como adulta, incomoda-me especialmente a disponibilidade que as pessoas têm, quando à volta de uma piscina, para ver todas as imperfeições do meu fato de banho, depilação, pneu, casca de laranja e afins. É que vendo bem não há uma onda mais afoita, alguém que passe para dizer um olá, uma areia que se tenha que sacudir e outras coisas que distraiam o olhar mais clínico. Na qualidade de mãe, uma casa com piscina passou a ser um local tão tormentoso como aquele beco escuro a que qualquer momento pode aparecer um estripador qualquer. O coração está sempre na boca.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Imperdoável
Tenho um Pai Ruivo, uma Madrasta Bipolar, 5 Irmãs - todas mulheres e a mais nova tem uma deficiência complicada.
O pai ruivo não teve juízo nenhum na vida pois, para além de ter a saúde toda emperrada, casou com uma pessoa bipolar. O Pai Ruivo está a envelhecer e, mais não se esperasse, precisa agora de ajuda e apoio. A Madrasta Bipolar, mal ou bem, está lá sempre e as 5 filhas vão lá de vez em quando visitar o Pai Ruivo e opinar sobre o tratamento da Madrasta Bipolar. A Madrasta Bipolar fica melindrada, discute com o Pai Ruivo por causa das 5 filhas e lá ele tem outro AVC ou coisa que o valha. E passamos a vida nisto.
Pela primeira vez na minha vida estou contra as 5 irmãs e a favor da Madrasta Bipolar. A Madrasta Bipolar é quem trata do Pai Ruivo e devemos-lhe um mínimo de gratidão e consideração.
As 5 Irmãs obrigaram-me a escrever “Eu sou a favor da Madrasta Bipolar”. Estupores.
O pai ruivo não teve juízo nenhum na vida pois, para além de ter a saúde toda emperrada, casou com uma pessoa bipolar. O Pai Ruivo está a envelhecer e, mais não se esperasse, precisa agora de ajuda e apoio. A Madrasta Bipolar, mal ou bem, está lá sempre e as 5 filhas vão lá de vez em quando visitar o Pai Ruivo e opinar sobre o tratamento da Madrasta Bipolar. A Madrasta Bipolar fica melindrada, discute com o Pai Ruivo por causa das 5 filhas e lá ele tem outro AVC ou coisa que o valha. E passamos a vida nisto.
Pela primeira vez na minha vida estou contra as 5 irmãs e a favor da Madrasta Bipolar. A Madrasta Bipolar é quem trata do Pai Ruivo e devemos-lhe um mínimo de gratidão e consideração.
As 5 Irmãs obrigaram-me a escrever “Eu sou a favor da Madrasta Bipolar”. Estupores.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Polar ou Bipolar, eis a questão
Quem diria que o “meu” ursinho tão inteligente, tão esperto, tão querido, tão amigo, tão joga charme, tão divertido, tão malandro, tão estratega, tão maravilhoso, é tão francamente Bipolar.
Esta porcaria de síndrome, doença ou coisa que o valha persegue-me.
Malta com problemas nos níveis de lítio: LONGE DE MIM, FOR GOD SAKE!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Geração whatever@work
A propósito do texto abaixo, sobre aquelas que pessoas que nunca se envolvem, sempre com o pezinho de fora: tenho um colega de trabalho que se enquadra precisamente neste perfil. Embora goste muito dele, o tipo consegue tirar-me do sério.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Geração 30@2010
É incrível constatar os erros crassos que a minha geração cometeu. Sim, quem nasceu na década de 70 é o mais alto (in)responsável por introduzir no panorama amoroso a “curte”, ou mais propriamente, o “amigo colorido”. E não, não foi em pleno Flower Power que se vivia esta realidade, aí tínhamos “one-night stand”, a génese de todo este incidente relacional. Não é preciso ser socióloga para chegar aqui.
O resultado é: menos pedidos de namoro, menos balões foleiros em forma de coração nos carros, menos sucesso nos casamentos, menos fidelidade, menos auto-estima. Já ninguém é conquista de ninguém e fica tudo entre o inseguro e o desesperando, vivendo o amor de uma forma que vai da desinteressada à sôfrega. Ridículo dos ridículos é quando vemos relações “coloridas” com cerca de dois anos…porque raio é tão difícil assumir que é um namoro? Ah, espera: é para poder dizer “somos amigos, nunca te prometi nada”. E assim se fica de bem com a consciência.
No fundo, @ amig@ colorid@ não precisa de pedir em namoro a ninguém pois tem o melhor de dois mundos. Tem relações experimentais e, por mais que até goste, está sempre com o pezinho de fora ou com o rabo alçado para levar um pontapé a qualquer momento.
Agora não há nada a fazer e está demasiadamente enraizado. Pois pudera, é mais fácil. Para mim, essas amizades coloridas têm pouco futuro, uma paleta cromática cinzenta e para andar por aí iludida com cores, prefiro fumar coisas, snifar cola ou comer cogumelos mágicos.
Venham essas gerações futuras com a coragem de assumir que o amor falha, que se podem enganar, que el@ pode não ser @ tal e que não é por causa disso que se perdeu tempo ou oportunidades. Namorem, for God sake.
O resultado é: menos pedidos de namoro, menos balões foleiros em forma de coração nos carros, menos sucesso nos casamentos, menos fidelidade, menos auto-estima. Já ninguém é conquista de ninguém e fica tudo entre o inseguro e o desesperando, vivendo o amor de uma forma que vai da desinteressada à sôfrega. Ridículo dos ridículos é quando vemos relações “coloridas” com cerca de dois anos…porque raio é tão difícil assumir que é um namoro? Ah, espera: é para poder dizer “somos amigos, nunca te prometi nada”. E assim se fica de bem com a consciência.
No fundo, @ amig@ colorid@ não precisa de pedir em namoro a ninguém pois tem o melhor de dois mundos. Tem relações experimentais e, por mais que até goste, está sempre com o pezinho de fora ou com o rabo alçado para levar um pontapé a qualquer momento.
Agora não há nada a fazer e está demasiadamente enraizado. Pois pudera, é mais fácil. Para mim, essas amizades coloridas têm pouco futuro, uma paleta cromática cinzenta e para andar por aí iludida com cores, prefiro fumar coisas, snifar cola ou comer cogumelos mágicos.
Venham essas gerações futuras com a coragem de assumir que o amor falha, que se podem enganar, que el@ pode não ser @ tal e que não é por causa disso que se perdeu tempo ou oportunidades. Namorem, for God sake.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Acreditar e Agradecer
Um dia uma sábia mulher disse-me “Tens que acreditar. Acreditar que mereces; Acreditar que é possível; Acreditar que sim. Olha-te ao espelho e diz: eu consigo, eu quero (…)”. Óbvio que isto já me havia sido dito por pessoas que efectivamente gostam de mim, mas facto é que aquelas palavras – quer no conteúdo, quer na forma - tiveram um impacto brutal na minha vida. Não mudaram propriamente a minha personalidade, continuo com dúvidas e inseguranças, mas hoje, quando racionalizo um pouco ou procuro equilibrar-me, tudo me parece um pouco mais simples ou, no limite, contornável.
Não é constante e requer muita disciplina, mas quando aplicado é óptimo, é fantástico e tem efeitos práticos e quase imediatos.
Essa mulher ajudou-me a discernir, a ver algumas coisas com mais clareza e a importância da fidelidade aos nossos sentimentos e coluna vertebral. Não haveria ela de se chamar Clara.
Obrigada Clara! (ah…ela também ensinou-me a agradecer tudo o que tenho. Até as coisas más. Até o tamanho do meu rabo :))
Não é constante e requer muita disciplina, mas quando aplicado é óptimo, é fantástico e tem efeitos práticos e quase imediatos.
Essa mulher ajudou-me a discernir, a ver algumas coisas com mais clareza e a importância da fidelidade aos nossos sentimentos e coluna vertebral. Não haveria ela de se chamar Clara.
Obrigada Clara! (ah…ela também ensinou-me a agradecer tudo o que tenho. Até as coisas más. Até o tamanho do meu rabo :))
terça-feira, 11 de maio de 2010
I rest my case
Está bem Maya, está bem…está mesmo na hora de tentar definir seja aquilo que for. Mesmo que tenha altos e baixos, avanços e recuos, vou traçar um objectivo, está bem?
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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