sexta-feira, 30 de março de 2012

Um luxo

Eu adoro-nos tugas.
Porém, lamentalvelmente os rapazes não descobriram o José Cid, alguns fadistas portugueses e o Mário. Ahh, o Mário.

Ontem dei a

minha primeira entrevista. Uma entrevista sobre o meu sector. A uma rádio. Tinha coisas muito mais interessantes para falar como, por exemplo, o que foi ter uma mãe doente, o que aconteceu depois de sair de casa para ir à universidade e nunca mais voltar e o que são as minhas teorias sobre como deve ser encarada a vida e as relações. O meu contributo, nesse sentido, iria ser muito mais inspirador. Mas não. Estive a falar do meu sector. Aquele em que nunca pensei profundamente e que decidi falar, à frente de um microfone, com 3 gin tónicos em cima. O pior é que nem me lembro do nome da jornalista suplicar o erase da coisa.


Não devia haver livre arbítrio ao segundo golo numa bebida. Para estes casos e outros. Diversos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ai que saudades que eu tinha


desta rameira da publicidade, deste sorriso cravado, bolas já não lhe posso ver os dentes, o gajo deve dormir assim, a namorada deve dar-lhe beijos nos dentes, epá que desagradável.

E assim é o meu azedume de segunda feira.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ah ah ah ah ah


ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah g'anda Olga!

Cheia, cheia de remorsos

por andar cheia de trabalho, pelos meus horários, pela correria, por andar desfocada, pelo cansaço, por não ver pela 25.567 vez o Shrek e o Alladin, achei por bem perguntar ao meu filho, que até já tem idade para conversas relativamente sérias:
És feliz?
- Sim, sou.
- Sim, mas o que é que a mãe poderia fazer todos os dias para tu seres ainda mais feliz?
(Pausa. Ele vai pedir-me para ir buscá-lo à escola todos os dias. Ele vai obrigar-me a ver durante 90 minutos os dois tipos que relatam os jogos sem direitos de transmissão no Benfica TV. Basicamente ele vai implorar-me para ser uma mãe melhor.)
- Queria panquecas todos os dias ao pequeno almoço.


quarta-feira, 21 de março de 2012

Retro


Ver esta capa da Newsweek - infelizmente não a folhei - faz-me sentir saudades de tempos que nunca vivi.

terça-feira, 20 de março de 2012

Abri o meu caderno,

preparei-me para obter inúmeros dados, resolver imensas questões pertinentes e, não só gastei meia hora da minha vida a falar ao telefone com uma imberbe, como as únicas informações relevantes que consegui retirar foram "80" e "Plasma".
E assim se gasta tempo e uma página de um caderno.


O urbano-depressivo

do David Fonseca persiste na sua deprimente existência na fileira musical portuguesa e lança novo álbum, tornando-se a segunda maior causa de suicídio em 2012, a seguir à crise.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Inevitável.


Se isto não é ter pinta, então não sei.

Ruivo. Cada vez que faço sopa de cenoura lembro-me dele.
Sardas, muitas. A gargalhada: única. Boçal.
Cheiro. Bom. Talvez maravilhoso. A água colonia familiar. Daquelas que ficam o dia todo.

Mente brilhante, imaginação profunda. Conseguiu arranjar 6 alcunhas às filhas, absolutamente inconcebíveis.

Criança, a rasar o bebé. Dá-me ideia que fui mãe dele a partir dos 13 anos. Pois pudera, ficou sem a mulher, as filhas casaram e alguém tinha que por ordem naquela casa.
Conversas, muitas. Bater bolas da melhor maneira. Ao sabor de um uísque, bebida que obrigou-me a aprovar com a frase “tonta. Uísque é uma bebida que aprende-se a gostar”. Pois. E eu aprendi.

Doentiamente organizado. Nunca se esqueceu de datas e revisitar os arquivos dele é como ir ao Google: encontra-se tudo.
Adorável. Tinha sempre algo de simpático a dizer, desde ao primeiro-ministro como ao homem do lixo. Espalhava charme. Minto: magia. Espalhava magia. 

Fértil. Deixou 6 filhas, 17 netos e terreno fértil para continuarmos isto que vai para aqui. Foi é de repente, o malvado. Na pior altura, o malandro. Não há direito. Nem me despedi condignamente. ‘Tá mal. Queria ter dado aquela beijoca. E levado aquela bôla de carne que ele tanto me pediu. O meu Pai.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Há alguma voz

neste caso, conjunto de caracteres esclarecedores do que raio se passa com a série The Walking Dead? Agora eles não precisam de uma trinca para ficarem aquelas encantadoras criaturas? Agora ficam assim com aquele charme ímpar como quem dá aquela palha?

Tentei procurar na internet algumas respostas e só encontrei imagens. Das criaturas. Logo de manhã. Não quero.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Escreve uma

administradora da minha chafarica que os "nossos recursos têm que ser geridos com pinsas".
Pois.
E a sua escrita tem que ser limada por uma grosa.

terça-feira, 13 de março de 2012

Tudo o que diga respeito a

rabo, pilinha, pipi, cocó, xixi é alvo de alvoroço nesta casa e motivo de gargalhada junto da (minha) criançada. Mas quando eu brinco com algo relacionado com o meu amor por eles, eu bem posso fazer o tom mais gozão do mundo, mas nada impede que o semblante das criaturas fique tão carregado como uma nuvem cheia de trovões.
É que com amor de mãe não se brinca. Não há sentido de humor algum. Nem na mais feliz e confiante das crianças.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ah...esqueci-me

Parabéns a um dos meus blogues preferidos, de uma das minhas pessoas preferidas. Só tenho pena que não dê margem a comentários. Mas talvez seja uma pertinente medida de sobrevivência, impedindo-a de atirar-se de um sétimo andar com hipótese de levar comigo, para além de todos os dias, desde há cinco anos, também virtualmente.

quinta-feira, 8 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Provérbios.


Perseguem-me. Talvez porque a minha mãe, cada vez que me queria ensinar algo de mais profundo ou de conduta humana, selava a mensagem com um provérbio. E na verdade são sempre pertinentes, quando bem arremessados.

Sempre que uma conversa assim o dite, pergunto se conhece algum provérbio que não faça sentido. Até hoje ninguém satisfez esta minha busca pelo provérbio que seja pouco pertinente. No limite há alguns desadequados, mas ainda assim pertinentes.

Hoje escrevo sobre o “Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”. Em banalidades logísticas, burocráticas e laborais pode causar algum aborrecimento, comichão e, no limite, enervação, mas noutras mais profundas, podem deixar-nos absolutamente esmagados. Esmagados pela estupidez que é deixar para depois o que já deveria ter sido feito.

terça-feira, 6 de março de 2012

"Ai Lelo"


Antigamente as ciganas vinham ter comigo para incentivar-me a comprar levi’s falsas, acicatar-me com réplicas de Ray-Ban e provocar-me com Luis Vuitton. Ah, e tinham uma banca.

Pois que agora não têm banca e andam a pavonear-se pelo único apontamento de jardim e de paz que encontrei à frente do meu local de trabalho. E vêm sempre ter comigo. Sempre. E assombram-me com o homem que me quer muito – sim, soa a assombração dito por elas – e insistem que há duas mulheres na minha família que me invejam.

Ora, uma vez que são da minha família, sabem como é a minha vida. Se sabem como é a minha vida - e sem querer fazer-me de vítima - há uma pergunta que se impõe: quem serão essas duas grandes antas que acham que a minha vida é digna de inveja?

sexta-feira, 2 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

O candidato do canto inferior direito é que sabe

(As in, votas em mim e acendo os máximos)