terça-feira, 6 de novembro de 2012

Que bom ser apartidária


Pronto, veio a notícia que todos esperávamos – 2012 vai ser o ano com menos bebés – e novidades?! Esta notícia caiu-me como se me tivessem dito “portugueses gastam mais electricidade no inverno”. E depois lá vem esquerda com o cavaquismo, os ricos, os BMW – que também não vejo aí a bombar filhos – e os patetas da direita a falar do aborto e da política de apoio à natalidade, blá, blá, blá, mas que pachorra! Porque raio toda e qualquer notícia tem que passar pelo crivo de tendências políticas???!!

Não será um pouco de tudo? Medo do futuro?
Não será porque de facto não há políticas de incentivo às famílias?
Não poderá o aumento de abortos estar relacionado com uma percentagem, mesmo que ínfima? 
Não passará pelos cortes abissais que temos sofrido? Não passará por todos estarmos mais tesos? 
Não será por temermos doenças e usarmos mais vezes protecção? E a (in)fertilidade?
E a crise social/familiar? Ninguém fala? Dos 35083939 divórcios que se desdobram em pensões à ex-mulher, em jantares à nova mulher e entre os “meus filhos” e os “teus filhos”, não podemos falar já dos “nossos filhos”?
E o culto, mesmo que legítimo, do “meu umbigo e eu”? 
E o amor? Uma – senão “a” – génese da família e procriação, que está pela hora da morte, até porque há todo um mercado de gajas e gajos bons que não podemos perder? 
Não será por ouvirmos há cerca de 3 ou 4 anos, diariamente - e agora com os canais por cabo 24h/dia -  o alarmismo da comunicação social e as profecias comentadores, que by the way já não os posso nem ver?  

Não me venham só com teorias de esquerda e de direita, se é o Cavaco, o Guterres, o Barroso, o Sócrates ou Passos Coelho. Somos todos nós, ora essa!

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