Foi só há dois
anos que descobri que tive um amigo imaginário. Celebrava os meus 32 anos
quando, entre irmãs e amigos mais próximos, a X diz “E quando tiveste, aos 3
anos, aquele amigo imaginário? Chamava-se ‘O Professor’ Ah ah ah!”. Aquela informação
trespassou-me o coração, caiu-me como se de um irmão perdido se tratasse. Como era
possível não saber ou não me lembrar, nem por um segundo, quem era ‘O Professor’?!
Pois parece que passava os dias a cochichar com 'O Professor', a trocar risotas
e, segundo a J, chorei no dia em que ele partiu os óculos, pois 'O Professor' não
via nada sem eles. Contam que 'O Professor' foi mote para chacota, bem como
preocupação naquela casa e a minha mãe apaziguava os ânimos com um “isso passa”.
E passou. Tão subtilmente que nem me lembro dele, da sua companhia ou de
qualquer lágrima que possa ter vertido por e com ele. Contam que pura e simplesmente deixei
de falar e quando confrontada com a questão de onde estava 'O Professor' respondi
“Não xei, foixe embora, não faj mal”
E foi só há dois
anos, enquanto celebrava os meus 32 anos, que descobri que era muito mais razoável
quando tinha 3. “Não xei, foixe embora, não faj mal” é de sobeja maturidade.
2 comentários:
Sem dúvida que a maturidade, e não a sanidade, é de todo o foco da minha atenção neste post!
Bela captação ahaha :P
ahahaahah Sufocada, Sufocada, estiveste lá agora!
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