Não é nada de novo. Falo daquela química física-relacional
que nunca chegará ao estatuto de relação. E aqui vai o cliché: sim, é um mix de
feitios que conseguem ser tão parecidos quanto diferentes. O resultado é uma
tremenda afinidade, bem-estar absoluto e a sede é matada a conta-gotas. A
relação é tratada com pinças. Dá a sensação que se mexe, estraga.
Rondamo-nos com parcimónia (eu, a destemida “Força
Suprema”, fico a parecer o Mimimi dos Muppets), duas horas de estágio “macho
ronda a fêmea e a fêmea ronda o mancho”, digno do National Geographic Channel,
e conquistamos o mundo. E prometemos um ao outro que vamos ser mais audazes na
próxima vez. E que nos ligamos. E que vamos aumentar a frequência pois é uma
perfeita estupidez não o fazer.
E depois não o fazemos. Não há coragem. Às vezes nem
apetece. Mas volta e meia lançamos sinais que não sabemos interpretar e, quando
juntos, rimos um do outro porque nos quisemos mas não entendemos as palavras e
atitudes a dizer “desejo-te” que foram camufladas de frugalidade, não vá a
coisa correr mal.
Porquê? Porque é precioso e porque não queremos estragar. Porque
é uma forma muito peculiar de amor. Não é aquela chama que arde alarvemente, é
um género de incenso, daqueles bons. Daqueles que ardem muito lenta e
subtilmente e deixam um odor e sensação agradáveis. Neste caso, este meu
sorrisinho parvo pespegado na cara. E que toda a gente vê.
Epá, que foleira que eu estou. Amanhã faço um post de duas
linhas com uma bojarda qualquer.
4 comentários:
Que lindinho.
Confirmo tudo, absolutamente tudo.
Inclusive que tu hoje estavas de sorriso pateta que dói.
E nem te vi a cara. Mas imagino!
Xiu! Isto é um blogue. Eu posso exagerar pensamentos, sentimentos e actos! É TUDO MENTIRA!
Que lindo. Então e já foderam?
ahahahaha, Eu disse que estava foleira neste dia!
E demos as mãos e corremos na praia sim.
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