Perseguem-me. Talvez porque a minha mãe, cada vez que me
queria ensinar algo de mais profundo ou de conduta humana, selava a mensagem
com um provérbio. E na verdade são sempre pertinentes, quando bem arremessados.
Sempre que uma conversa assim o dite, pergunto se conhece algum
provérbio que não faça sentido. Até hoje ninguém satisfez esta minha busca pelo
provérbio que seja pouco pertinente. No limite há alguns
desadequados, mas ainda assim pertinentes.
Hoje escrevo sobre o “Não deixes para amanhã o que podes
fazer hoje”. Em banalidades logísticas, burocráticas e laborais pode causar
algum aborrecimento, comichão e, no limite, enervação, mas noutras mais
profundas, podem deixar-nos absolutamente esmagados. Esmagados pela estupidez que é deixar para depois o que já deveria ter sido feito.
Sem comentários:
Enviar um comentário