terça-feira, 25 de junho de 2013

As modas



é uma coisa que me chateia. A sério, maça-me. Esta coisa do “toda a gente vê” ou “toda a gente lê” são premissas para eu fazer precisamente o contrário e, se estiver de mau feitio, tomar de ponta e tornar-me o verdadeiro barco contra a maré. Se faço isto porque quero ser diferente? Não. É porque embirro mesmo com estados febris colectivos e não gosto de participar deles. Isto tudo sob pena de apreciar tardiamente fantásticas bandas que decidi implicar ou por não ter ido àquele restaurante que ia “toda a gente” porque entretanto já fechou e afinal tinha o melhor bacalhau do mundo.

Uma das minhas grandes embirrações foi “O Sexo e a Cidade”, série que blasfemei durante anos e fui acusada de heresia por o fazer. Achava um género aquela coisa pretensiosa de querer fazer match com as personagens, de procurar desesperadamente o seu link com a Carrie, Samantha, Charlotte ou Miranda. E foi à conta desta série que as mulheres começaram a ficar (ainda mais) loucas por sapatos, que se deu a proliferação de consumo do tipo “Starbucks” e daqueles horripilentes cupcakes, bem como a compra de vibradores porque estava na moda ter na gaveta, coisa que tenho a convicção de que praticamente não foi usada. Mais grave que isso, tentou seduzir as mulheres para o mundo onde “estamos muito bem sem os homens ”, coisa que, sinceramente, funciona muito bem em ficção mas é um desastre na vida real. 

Isto tudo para dizer que, 15 anos depois da sua estreia, lá a Força Suprema decidiu dar o benefício da dúvida e ficou rendida. Menção honrosa para quem escreveu aqueles diálogos verdadeiramente sublimes. É uma americanada, bem sei, mas há questões que nas mulheres são absolutamente universais e que podem ser explicadas com puro e honesto humor, coisa que mais aprecio nesta vida.

E, por fim, apesar de não ter nada a ver fisicamente, mas por todo o resto, digo com toda a pretensão do mundo: o meu match é mesmo a Carrie. Sem a mais pálida sombra de dúvida. Não contem comigo é para gastar 200 euros num par de sapatos e para comer aqueles queques com as cores dos meus vernizes.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Uma fossa



que está cheia, uma inundação na casa, um carro que me promete um arranjo avultado, uma bimby que se estraga, uma máquina de lavar roupa cujo arranjo foi o preço de uma nova, um buraco no chão feito pelos sapatos de princesa da minha filha, um ex-marido que é um ingrato e não sabe a sorte que tem, uma despedida de solteira para organizar, uma despedida de solteira para ir (porra, 12 gajas), um coro para ensaiar, segunda a trabalhar 12h seguidas, terça correr para conseguir ver os filhos durante 2h, quarta jantar de aniversário da empresa onde a minha cadeira se descola em pleno discurso do presidente, quinta de ressaca e com outro jantar de clientes, sexta toda uma acção que acabava às 20h mas afinal foi às 22h, valendo-me uns berros arrufos ao telefone com o pai das crianças que entregou-mas em plena ic19 e arrancou como um Knight Rider furibundo porque me atrasei.

Não é de admirar que mal venha cá e, quando venho, é para me queixar.
Não é de admirar que este post comece por "Uma fossa".

terça-feira, 18 de junho de 2013

Como se não bastasse

todos os atentados que a minha testa sofreu, agora está a pelar.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coisinhas do meu pequeno mundo

Se o mundo é um bidé o meu pequeno mundo é uma colher de chá.

Se há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida, no meu mundo são quatro: as três citadas e o meu peso.

A palavra é prata, o silêncio é ouro e eu só tenho pechisbeque

Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca mas enquanto houver uvas, está tudo bem.

Censura teus amigos na intimidade, elogia-os em público e no entretanto sê chata como a potassa

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Turnoff

herros hotorgrárficos.

é iço que voz tanho par diser à uma i córenta i nóv da manhan.